Diariamente utilizamos expressões com significados diferentes daquilo que elas representam literalmente, mas raramente nos preocupamos em ir atrás da sua origem ou — até mesmo — da sua forma correta.
Abaixo cito 15 expressões que todo mundo erra, ou que todo mundo usa mas que nem todo mundo sabe direito o significado ou seu correto emprego.
1) Enfiou o pé na jaca: o correto é enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma pinga. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direiro no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada com isso. Apesar da novela da Globo.
2) Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão: o correto é batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.
3) Cor de burro quando foge: o correto é corro de burro quando foge!
4) Quem tem boca vai a Roma: pois é, eu também fiquei surpreso ao saber que o correto não tem nada a ver com a capacidade de pela comunicação ir a qualquer parte do mundo, e sim uma forma de exortação à crítica política; o correto é quem tem boca vaia Roma.
5) É a cara do pai escarrado e cuspido‘: essa é forma escatológica de dizer que o filho é muito parecido com o pai; o correto é a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é uma cidade italiana de onde se extrai o mais nobre e caro tipo de mármore, que leva o mesmo nome da cidade).
6) Quem não tem cão, caça com gato: o correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho! 04/12/06 Daniel
7) Nas coxas: as primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito (quer dizer, não tem nenhuma conotação erótico-sexual, mente suja).
8) Voto de Minerva: Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
9) Casa da mãe Joana: na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
10) Conto do vigário: duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
11) Ficar a ver navios: Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios. 04/12/06 Daniel
12) Não entender patavinas: os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.
13) Dourar a pílula: antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
14) Sem eira nem beira: os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
15) O canto do cisne: dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão “canto do cisne” representa as últimas realizações de alguém.
Expressões Populares!!!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008Postado por Lidiane às 10:35
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7 comentários:
Que da hora!
Interessante demais, essa da Roma eu sempre uso e não sabia que não tinha nada a ver com o que realmente quer dizer!
bem interessante saber de tudo isso :P e o da batatinha eu ja conhecia ^^
Essa foi boa. Definitivamente, é bom tomar cuidado com fofocas...heheh
(esparrama = espalha rama)
flw!
Ah! Conhece a música "Teorema de Carlão"? Acho que vai gostar! Pode representar uma tendência popular..rss
ACESSE o blog: http://dignitas.zip.net/
Adorei isso!
Quem diria, heim.
Ótimo blog, parabéns.
Inté.
Vivendo e aprendendo! Muito interessante esse post!
http://neriojunior.blogspot.com
HUmmm bacana essas explicações agente sempre fala sem o saber porque....
abraçosss
mto massa seu post...
realmente me surpreendi ql alguns ditados ai...vivemos falando errado..
http://500x100.blogspot.com/
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